A reitora da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), professora Amali Musse, se pronunciou nesta quarta-feira (17), sobre as recentes denúncias envolvendo possíveis irregularidades na gestão patrimonial da universidade. Em sua fala, ela fez questão de destacar que as contas da UEFS relativas ao ano de 2023 foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE), o que, segundo a reitora, atesta a regularidade orçamentária e financeira da instituição.
“Em primeiro lugar, é importante destacar que o TCE aprovou as contas da UEFS referentes ao ano de 2023, o que atesta a nossa regularidade orçamentária e financeira”, afirmou.
No entanto, a aprovação veio acompanhada de recomendações para o aprimoramento dos processos de controle patrimonial da universidade. As observações feitas pelo TCE dizem respeito a dois pontos específicos: a ausência de localização de alguns bens e a não instalação de equipamentos adquiridos.
De acordo com a reitora, durante o inventário realizado em 2023, foram identificados 371 equipamentos não localizados, dentro de um universo de aproximadamente 42 mil itens patrimoniais da UEFS. O valor estimado desses itens é de R$ 271 mil.
“Esses equipamentos podem ser desde cadeiras quebradas que não foram devolvidas, até computadores que, por vezes, ficam guardados em armários ou trocados de lugar sem o devido registro. A universidade é um ambiente dinâmico, com mais de 15 mil pessoas circulando diariamente, o que torna o controle ainda mais desafiador”, explicou.
Segundo ela, já está em curso um plano de ação envolvendo departamentos, colegiados e equipes administrativas para localizar os equipamentos. “Estamos firmes na busca ativa desses bens, com o objetivo de cumprir nosso papel de prestar contas de todo o material existente na universidade”, reforçou.
O segundo ponto levantado pelo TCE diz respeito a cerca de R$ 2,8 milhões em equipamentos que, apesar de estarem devidamente registrados e armazenados na UEFS, ainda não foram instalados. “São, em sua maioria, equipamentos de alta complexidade, importados, como microscópios de última geração, aparelhos de raio-x e outros materiais laboratoriais extremamente sensíveis. Eles exigem profissionais especializados e, muitas vezes, adaptações no espaço físico para sua correta instalação”, disse Amali Musse.
A reitora informou que a universidade já está em processo de contratação de empresas e adaptação dos ambientes físicos para garantir que esses equipamentos possam ser instalados e utilizados o mais breve possível.
Amali Musse enfatizou que nenhum equipamento foi desviado ou desapareceu da universidade, e que o trabalho da administração segue focado em solucionar as pendências apontadas. Ela também criticou a forma como algumas notícias têm sido divulgadas, gerando desinformação e desconfiança sem considerar o contexto completo.
“O TCE reconheceu todo o esforço que a universidade vem fazendo, e aprovou sem ressalvas a nossa prestação de contas de 2024. A UEFS é uma instituição pública, construída coletivamente, e seguimos firmes nos nossos propósitos. Notícias que distorcem a realidade não contribuem com a verdade nem com a universidade pública”, afirmou.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Nailanne
Mín. 17° Máx. 30°
Mín. 17° Máx. 32°
Tempo limpoMín. 18° Máx. 31°
Tempo limpo