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Polícia Justiça

Família e amigos cobram justiça pela morte de Edmárcio, conhecido como China, em Feira de Santana

“Não quer dizer que ela não será presa ou julgada. Cabe agora à Justiça e ao Ministério Público definir os próximos passos”, finalizou o delegado.

07/05/2025 00h49 Atualizada há 1 semana
Por: Carlos Valadares
Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação

Na tarde desta terça-feira (6), familiares, amigos e colegas de academia do professor Edmárcio Mariano realizaram uma manifestação no Complexo do Sobradinho, em Feira de Santana, pedindo justiça pela morte dele. Edmárcio, conhecido como China, foi assassinado na madrugada do dia 22 de abril dentro da própria casa. A principal suspeita é uma mulher com quem ele teria tido um breve envolvimento.

Com cartazes e palavras de ordem, os manifestantes cobraram mais transparência nas investigações e contestaram a versão apresentada pela suspeita, que já prestou depoimento e confessou o crime à Polícia Civil.

De acordo com Edson Mariano, irmão da vítima contou que a suposta vítima disse que ele tentou forçá-la e a ameaçou de morte. Mas isso é uma mentira absurda. Ele era um homem tranquilo, trabalhador, cuidava da saúde, não usava drogas e nem bebida alcoólica. A casa estava toda revirada, levaram pertences dele, como a arma e o celular. Foi tudo armado”, afirmou uo irmão de Edmárcio.

A filha da vítima, Larissa Herrera, relatou que foi uma das primeiras pessoas a chegar no local do crime e disse que a cena foi chocante. “Foi um absurdo encontrar meu pai daquela forma. Ele era um homem de honra, trabalhador, que saía de casa às cinco da manhã e voltava às dez da noite. Amava os netos, tinha sonhos, cuidava dos seus animais. A versão que deram dele é incompatível com quem ele realmente era”, desabafou.

Larissa também afirmou que a acusada era uma aluna recente da academia onde Edmárcio dava aulas e que a relação entre eles era superficial. “Ela apareceu há menos de dois meses, ninguém conhecia bem. Depois do crime, defamou a imagem dele. Isso revoltou todos nós”.

Polícia já ouviu suspeita, que confessou o crime

O delegado Gustavo Coutinho, responsável pelo caso, afirmou que a Polícia Civil já concluiu a fase de investigação. Segundo ele, a autora confessou que dopou Edmárcio com medicamentos e atirou contra ele enquanto dormia. Ainda conforme a versão dela, o crime teria sido motivado por ameaças que Edmárcio estaria fazendo, inclusive enviando vídeos com uma arma de fogo.

“Ela alegou que ele a ameaçava para reatar o relacionamento, que estava em posse de armas, e que, com medo, tomou essa atitude. O crime foi elucidado rapidamente. O interrogatório foi longo e detalhado, e agora aguardamos os laudos periciais para confirmar a presença ou não de drogas e substâncias no sangue da vítima”, explicou o delegado.

Duas armas que pertenciam à vítima — uma pistola 9mm e um revólver calibre .38 — ainda não foram encontradas. A Polícia também apura se houve furto de pertences no local.

Coutinho reforçou que o inquérito está em fase final e será encaminhado ao Ministério Público, que deve analisar o pedido de prisão preventiva. Apesar da gravidade do crime, a suspeita pode responder em liberdade, por ter se apresentado espontaneamente, possuir residência fixa, emprego e ser mãe de três filhos pequenos.

“Não quer dizer que ela não será presa ou julgada. Cabe agora à Justiça e ao Ministério Público definir os próximos passos”, finalizou o delegado.

Enquanto aguardam a decisão judicial, os familiares de Edmárcio seguem pedindo celeridade e rigor na condução do processo. “Queremos justiça, só isso. Queremos que a imagem dele seja limpa, que a verdade apareça. Ele não merecia morrer assim”, declarou uma manifestante.

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