A advogada criminalista presa em Feira de Santana durante a deflagração da Operação Skywalker teve sua prisão convertida para domiciliar, conforme decisão judicial recente. A informação foi confirmada pelo advogado de defesa, Caio Vitor, que detalhou os próximos passos do processo e a situação jurídica da cliente.
Segundo o defensor, o pedido de prisão domiciliar foi feito com base na ausência de uma sala compatível com o chamado “Estado-Maior” — espaço reservado por lei à custódia de advogados, conforme garantido pelo Estatuto da Advocacia. O Ministério Público opinou favoravelmente ao pedido da defesa, e o juízo acatou o parecer.
"A doutora vai cumprir o período de 30 dias de prisão temporária em regime domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, conforme entendeu o juízo. Agora, o foco da defesa é obter acesso integral aos autos da investigação", afirmou Caio Vitor.
Apesar de já ter acesso ao relatório da Polícia Civil, a defesa ainda não teve acesso às quebras de sigilo bancário, fiscal e aos relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), considerados essenciais para compreender as acusações.
"Ainda não tratamos do mérito com a cliente, justamente porque não sabemos exatamente quais são os fundamentos da acusação. O que temos é apenas parte da investigação", pontuou o advogado.
A Polícia afirma que a advogada teria movimentado mais de R$ 6 milhões para a organização criminosa investigada na Operação Skywalker. Questionado sobre esse ponto, Caio Vitor afirmou que ainda não discutiu com sua cliente os detalhes sobre a suposta movimentação financeira, uma vez que as provas relacionadas ainda não foram disponibilizadas à defesa.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Nailanne
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